PARA REFLETIR

sábado, 6 de junho de 2009

SARNEY E LAMPIÃO. IDEOLOGIAS SEMELHANTES OU OPOSTAS?


A RAINHA DO CANGAÇO

Em 2002, a Polícia Federal desmantelou uma quadrilha formada pela empresa Lunus, da então governadora Roseana Sarney, juntamente com seu ex-marido Jorge Murad, que já foi preso por improbidade. O fato, na época, a fez desistir de sua candidatura à presidência, mas não do poder. Foi eleita, subsequentemente, majoritariamente ao Senado Federal.

Agora, Roseana toma posse do governo do Maranhão por cassação do mandato do governador Jackson Lago. Os Estados nordestinos são humilhados por governantes - coronéis, com estilo típico dos poderosos cangaceiros de outrora, com poder, imunidade e conivência total por parte do povo vitimado. No Nordeste estão as maiores taxas de analfabetismo, de pobreza, de subdesenvolvimento e de mortalidade. Esse flagelo não intimida o nordestino em manter vivo o cangaço através de reiteradas reeleições de seus algozes.

Talvez Maria Bonita fosse uma santa perto dos cangaceiros e cangaceiras de hoje.



MINHA OPINIÃO:

Brilhante o texto que, apesar de curto, mostra a realidade dos fatos.

Mas convenhamos, Sra. Roseana Sarney, no alto de sua arrogância, tentar transformar o Maranhão de 2009/2010 no sertão nordestino de Lampião e Maria Bonita é demais!!!

Maria Bonita, ou melhor, Maria Gomes de Oliveira, foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Nascida em 8 de março de 1911 (não por acaso o Dia Internacional da Mulher!!) numa pequena fazenda em Santa Brígida, Bahia e filha de pais humildes, Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. O casal não teve filhos. Zé era estéril. A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929.

Dias depois, Lampião estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor à primeira vista. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e cabelos castanhos Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca. A partir daí, começou uma grande história de companheirismo e (por que não!) amor. Um ano depois de conhecer Maria, Lampião chamou a “mulher” para integrar o bando.

Nesse momento, Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo do Cangaço. Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os bandos. Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião. Teve uma filha, Expedita, e três abortos. Como seguidora do bando, Maria foi ferida apenas uma vez. No dia 28 de julho de 1938, durante um ataque ao bando um dos casais mais famosos do País foi brutalmente assassinado. Segundo depoimento dos médicos que fizeram a autópsia do casal, Maria Bonita foi degolada viva.

Para melhor entendermos o cangaço:

Entre o final do século XIX e começo do XX (início da República), surgiu, no nordeste brasileiro, grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros. Estes grupos apareceram em função, principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina. O latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade a maioria da população.

Portanto, podemos entender o cangaço como um fenômeno social, caracterizado por atitudes violentas por parte dos cangaceiros. Estes, que andavam em bandos armados, espalhavam o medo pelo sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a seqüestrar fazendeiros para obtenção de resgates. Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam, pelo contrário, eram muitas vezes ajudados. Esta atitude, fez com que os cangaceiros fossem respeitados e até mesmo admirados por parte da população da época.

Os cangaceiros não moravam em locais fixos. Possuíam uma vida nômade, ou seja, viviam em movimento, indo de uma cidade para outra. Ao chegarem nas cidades pediam recursos e ajuda aos moradores locais. Aos que se recusavam a ajudar o bando, sobrava a violência.

Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga. Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos que possuíam sobre o território nordestino (fontes de água, ervas, tipos de solo e vegetação) para fugirem ou obterem esconderijos.

Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região.

Depois do fim do bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez, no final da década de 1930.

Após ler toda a história do cangaço, e, em especial de Lampião e Maria Bonita, resta-nos uma conclusão: os meios utilizados pelos cangaceiros nas décadas de 20 e 30 no sertão nordestino (cujo surgimento se deu, principalmente, em função das péssimas condições sociais da região nordestina. O latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade a maioria da população) e os utilizados nas últimas décadas em nosso Estado por um grupo específico nos deixa estupefatos, pois usam de artifícios similares, porém com uma grande diferença: os “cangaceiros” atuais agem “dentro da legalidade”, aos olhos da sociedade e dos poderes, Executivo, Legislativo e, principalmente, Judiciário, sem questionamentos ou investigações acerca dos atos por eles cometidos. Diferente do passado, o novo cangaço não necessita de planos de fugas ou esconderijos, tendo residências fixas e ocupando cargos públicos importantes, e, independente de quão maus sejam, são superprotegidos, e não perseguidos, pelo Governo.

Agora me respondam: Como pode em pleno século XXI, depois de todo sofrimento e repressão passados pelo cangaço e ditadura, aceitarmos uma cangaceira, mas não nos moldes de Maria Bonita, cujos interesses eram, entre outros, o bem de seu povo, mas a versão capitalista cujo único interesse é seu bem-estar, independente de que mal isso cause a todo o resto do povo?

FIQUE DE OLHO!!!

3 comentários:

  1. Pow minha velha, só vc não vê o cagaço que a filha do sarnento fez no Maranhão...melhor rir rarara!

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  2. RESPOSTA AO RICARDO SANTOS:
    NÃO ENTENDI SUA COLOCAÇÃO. TODOS NÓS SABEMOS O "CAGAÇO" FEITO NÃO SÓ PELA FILHA, COMO POR TODA A FAMÍLIA AO NOSSO ESTADO...

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  3. laurinha de albuquerque figueroa7 de junho de 2009 às 23:14

    eu acho sarney um ronaldinho fenomero ,e sua filha roseana uma amy winehouse,eu acho k o maranhao precisa e de uma revelaçao tipo susan boyle p tirar nosso estado desse atraso,ate porque o maranhao e tipo a comparaçao do mundo com a caixa de bombons que a mae de forest gump falava p ele,ou seja,a gente nunca sabe o que vai encontrar dentro.

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