Senador diz que empresa de José Adriano Sarney ajudou a reduzir os juros no consignado e evitou especulação
Célia Froufe e Denise Madueño, de O Estado de S. Paulo
Simon tomou a decisão de ir à tribuna após a nova denúncia publicada em O Estado de S. Paulo, segundo a qual um neto de Sarney - José Adriano Cordeiro Sarney - é um dos operadores do esquema de crédito consignado para funcionários da Casa. Para Simon, Sarney já dá sinais de que também quer se afastar.


Dito isso, vou tentar me ater ao texto acima. Sobre todas as informações publicadas hoje a que me deixou mais perplexa foi esta. Apesar de ser integrante de partido opositor ao Presidente do Senado, o Senador Heráclito Fortes (DEM), ao tentar justificar, ou entender, as atividades da citada empresa, afirmou serenamente a existência de agiotagem dentro do Senado Federal. E mais, ainda indaga se a entrada da empresa pertencente ao Sr. José Adriano Cordeiro Sarney não fez bem aos servidores daquela Casa, considerando que os juros da agiotagem, após sua entrada, diminuíram.
Agora nos resta saber: independente do grau de parentesco ou da existência de interferência por parte do senador José Sarney, o ato praticado pelo seu neto é lícito? Segundo o Senador Heráclito Fortes não. Talvez por desconhecimento, até por inocência quando da declaração, mas o que ficou explícito para nós, simples cidadãos, é que por lá se pode tudo, afinal eles estão acima do bem e do mal, não é?

Tal posicionamento não difere do dado pelo Presidente da República na semana passada, ao afirmar que José Sarney "tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum". Ao faze-lo Lula escancarou a toda a sociedade o seu total descaso, ou desconhecimento, dos preceitos constitucionais, ao ignorar seu maior princípio contido no art. 5º que assegura: "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". Lembrando que o Presidente deveria ser o defensor da nossa Carta Magna.

Ainda sobre a sessão de hoje à tarde, percebi de alguns a demonstração de respeito pela vida política do Presidente daquela Casa, mas que respeito se pode ter de um cidadão que oprime o povo de todo o Estado ao qual nasceu? Que respeito podemos dar a um político que sempre apoiou quem está no poder? Podemos ter orgulho de um político que não tem um ideal a ser conquistado, mas simplesmente o seu bem-estar?
Sinceramente senhores Senadores, convenhamos, apesar da vida política de tantos anos, bem como os altos cargos por ele ocupados, não podemos vendar os olhos para os fatos... Em certo momento da sessão um Senador chegou a afirmar que qualquer apuração feita pelo Senado hoje será questionada, já que todos ali têm algum tipo de envolvimento, considerando ainda a quantidade de ingerências dos mais diversos tipos publicadas diariamente.
Logo, nos resta ficarmos como agentes passivos à espera da decisão dos nossos Senhores... Mas podemos mudar, afinal já derrubamos um Presidente. Se quisermos podemos mudar muito, mas precisamos querer!
FIQUE DE OLHO!!!
A impressão que temos é que o Maranhão virou propriedade privada da família Sarney principalmente depois do "golpe de estado" de Roseana. Lula pratica o corporativismo, pois cabe ao presidente do senado a tarefa de impedir a CPI da Petrobras.
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