OS BURROS DO SARNEY
por *Orivaldo Fonseca em 18-Apr-2009
Após um ano afastado deste espaço, a saudade e a indignação me trazem de volta. A saudade da boemia, dos amigos e do vento doce de Macapá. Da fala nortista que, agora, percebo arrastada e musical. Do açaí com peixe frito e da farinha seca com que sonho sempre.
Mas agora "chega de saudade". Vou dar "um chute no lirismo, um pega no cachorro e um tiro no sabiá". Sei que de um ano para cá muita água suja passou por debaixo da ponte. E é dessa água que emerge a minha indignação.
Chega de bom-mocismo, de polidez e de ser politicamente correto. Há uma piada segundo a qual José Sarney possui uma fazenda de bois no Maranhão e uma de burros no Amapá. Então, direto ao ponto: é burrice votar em Sarney!
Em qualquer lugar do mundo, usar um instrumento tão nobre e autêntico como o voto para a manutenção de uma oligarquia tão nefasta é declarar-se incontestavelmente obtuso, bronco, parvo, atoleimado, apoucado, beócio, em suma: BURRO! E não adianta o pretexto da desinformação, da falta de escolaridade, da pobreza índia que troca seu tesouro por espelhinhos. A velha desculpa do amarelão é comer barro. O caso é de burrice patogênica.

Basta limpar os ouvidos e abrir os olhos para ouvir e ver o que se noticia fora dos limites amapaenses. Por ocasião da eleição de José Sarney para a presidência do Senado, a revista britânica The Economist classificou tal eleição de "uma vitória para o semifeudalismo". (Atenção: esses que elegeram Sarney presidente do Congresso não têm nada de burros. São espertos até demais, porque, artífices de uma política de ranço e rapinagem, elegem aquele que melhor representa o seu anacronismo.) O senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB!, bradou nas páginas da revista Veja e na tribuna do Senado o quão prejudicial para o Brasil significa o Gongresso ser mais uma vez dirigido pelo coronel maranhense.
Sublinhe-se: maranhense. A jornalista Lucia Hippolito, em participação no Programa do Jô, em seu blog e na rádio CBN vem expondo as artimanhas protagonizadas pelo clã Sarney por onde quer que "arrastem seu negro manto".
No programa do Jô, a jornalistou chamou atenção para o fato de que Sarney deslocou agentes do Senado para fazer a segurança de suas casa em São Luís. E se pergunta: "mas como em São Luís? Ele não é senador pelo Amapá? Não é no Amapá que ele tem domicílio?" Na rádio CBN, Lucia Hippolito ressalta que o 50 anos de poderio Sarney no Maranhão afundaram o Estado nos índices mais vergonhosos de miséria em todos os sentidos. E faz eco ao que a The Economist publicou. Que “o centro de São Luís está decrépito, as ruas estão cheias de buracos e a cidade conta com um número extraordinário de flanelinhas. Que os avanços educacionais no Estado são ruins. Sua taxa de mortalidade infantil, de 39 por mil nascidos vivos é 60% mais alta do que a média brasileira”. Lucia destaca que Roseana Sarney, alçada ao poder do Estado por conta da cassação de Jackson Lago - que usou dos mesmos expedientes dos Sarney para vencer eleição, mas sem a mesma desenvoltura -, pode também ser cassada em virtude da variedade de processos a que responde.
Sublinhe-se: maranhense. A jornalista Lucia Hippolito, em participação no Programa do Jô, em seu blog e na rádio CBN vem expondo as artimanhas protagonizadas pelo clã Sarney por onde quer que "arrastem seu negro manto".
No programa do Jô, a jornalistou chamou atenção para o fato de que Sarney deslocou agentes do Senado para fazer a segurança de suas casa em São Luís. E se pergunta: "mas como em São Luís? Ele não é senador pelo Amapá? Não é no Amapá que ele tem domicílio?" Na rádio CBN, Lucia Hippolito ressalta que o 50 anos de poderio Sarney no Maranhão afundaram o Estado nos índices mais vergonhosos de miséria em todos os sentidos. E faz eco ao que a The Economist publicou. Que “o centro de São Luís está decrépito, as ruas estão cheias de buracos e a cidade conta com um número extraordinário de flanelinhas. Que os avanços educacionais no Estado são ruins. Sua taxa de mortalidade infantil, de 39 por mil nascidos vivos é 60% mais alta do que a média brasileira”. Lucia destaca que Roseana Sarney, alçada ao poder do Estado por conta da cassação de Jackson Lago - que usou dos mesmos expedientes dos Sarney para vencer eleição, mas sem a mesma desenvoltura -, pode também ser cassada em virtude da variedade de processos a que responde.

Então me ocorre a questão: Por que o Amapá insiste em se maranhizar, emaranhonar, emaranhar, sei lá? Por quê? O Maranhão de Sarney não deve servir de modelo para lugar nenhum. Antes, deve ser algo a ser insistentemente evitado. A política de Sarney age como uma erva daninha que impede o crescimento do que é bom. Sarney não gosta do Maranhão, mas o suporta. E odeia o Amapá. O lugar lhe é insuportável. Tanto que, quando visita o Estado, chega em jatinho fretado (esse agente do novo caos aéreo, resultante da promíscua utiliazação que os congressistas dão às suas cotas de passagens) para não se misturar com a patuléia nos vôos de carreira e, mais ainda, para não se demorar demais nesse inferno.
E pensar que o Amapá teve a oportunidade real de arrancar pela raiz essa erva, de banir do cenário político brasileiro um de seus piores cancros. Que, nas palavras de Arnaldo Jabor, é um verdadeiro teflon. Mas a insistência doentia pela burrice falou mais alto. Agora "chega de mágoa". Vou sonhar com minha farinha seca.
*Orivaldo Fonseca é poeta e compositor e, atualmente, reside em João Pessoa, na Paraíba.
E pensar que o Amapá teve a oportunidade real de arrancar pela raiz essa erva, de banir do cenário político brasileiro um de seus piores cancros. Que, nas palavras de Arnaldo Jabor, é um verdadeiro teflon. Mas a insistência doentia pela burrice falou mais alto. Agora "chega de mágoa". Vou sonhar com minha farinha seca.
*Orivaldo Fonseca é poeta e compositor e, atualmente, reside em João Pessoa, na Paraíba.
MINHA OPINIÃO:
BURROS SÃO O POVO OU OS POLÍTICOS???
Acho que a resposta todos nós temos... Burros somos todos... Povo ao acreditar que os políticos que elegem vão cumprir suas promessas de campanha e Políticos ao fazer manobras para conseguir alguma melhoria, sem pensar a longo prazo nas consequências de suas decisões.
Acerca do texto destaco o quanto é impressionante o mal que esse senhor tem feito ao país, chega a ser vergonhoso ser conterrâneo desse cidadão... Quão triste terminará sua trajetória política, onde é odiado tanto pela sua terra natal, como pela terra que escolheu para amealhar mais poder e desmando.
O texto acima foi postado em "Amazônia - Brasil - Imagens e Notícias" e relata o que o povo da região norte tem sofrido com a representação que escolheram, e demonstra ainda a revolta de um cidadão do Amapá que não aguenta mais tanta articulação que finda com a vitória do Senador José Sarney como representante daquele Estado, Estado que sequer o mesmo tem residência, pelo que consta... Como maranhense me sinto mal por ter tal pessoa afetando não só nosso Estado, mas o resto do país...
O que percebe-se é que, com a evolução dos meios de comunicação e a internet, que cresce mais rapidamente, as máscaras caem com maior velocidade e é isso que temos que usar como ferramenta no único momento em que temos o poder nas mãos: na hora do voto!
Se no Amapá, que não tem influência da oligarquia Sarney, o mesmo conseguiu, através de manobras políticamente incorretas, derrubar seu inimigo eleitoral, imagina do que ele é capaz em sua terra natal, onde, imagina-se, o mesmo tem orgulho de mostrar seu poder de mando?
Bem, resta a nós maranhenses ficarmos atentos e com os olhos e ouvidos abertos para percebermos e nos cantagiarmos com a forma de governar desse senhor... E que venha 2010.
FIQUE DE OLHO!!!
PRECISAMOS REPASSAR SEU BLOG PARA NOSSOS COMPANHEIROS DE SOFRIMENTO, OS AMAPAENSES,
ResponderExcluirMAIS UMA VEZ A SENHORA SURPREENDE NO TEXTO.
REPITO, SINTO-ME ENOJADO COM TANTA INJUSTIÇA PRATICADA EMBAIXO DE NOSSAS BARBAS SEM QUE FAÇAMOS NADA!!!!
SUA INTENÇÃO É MUITA VÁLIDA VELHA, CONTE COMIGO QUE DISSEMINAREI ESTE SITE PARA ELE GANHAR VOZ E VEZ!!!!
PARABÉNS!
Já estamos nessa luta. Fora Sarney!
ResponderExcluirhttp://chicoterra.ning.com/forum/topics/o-amapa-e-o-brasil-nao-te
Assinem o manifesto!