Coluna: Estado Maior
Ganha contornos políticos cada vez mais evidentes a crise que agita o Senado Federal. A banda oposicionista tenta, de todas as maneiras, desestabilizar a atual Mesa Diretora presidida pelo senador José Sarney, mesmo atropelando representantes partidários que dela participam em posições destacadas. Isso porque está em curso uma ampla jogada destinada a fragilizar o comando do Senado, e o sucesso do estratagema só será possível sem Sarney na presidência.
A crise, na verdade, é de natureza política. E o caminho mais fácil que os opositores do governo Lula encontraram para criá-la foi atingir exatamente o senador José Sarney, líder maior do PMDB, sensato e politicamente ativo, responsável principal pela aliança que garante hoje a estabilidade política do governo Lula e do país, pode-se dizer. Tanto que o mote do discurso é um só: Sarney tem de sair.
Mas o senador Arthur Virgílio podia pedir dinheiro emprestado ao diretor-geral Agaciel Maia, que ele hoje chama de bandido, para pagar a conta de um hotel em Paris.
O apoio aberto da bancada do PMDB, do PT, do PTB e outros partidos menores a Sarney mostra que a crise no Senado só será resolvida com a construção de uma solução política.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão de 01/07/2009 (http://imirante.globo.com/oestadoma/)
Quer dizer que o Senador Sarney está sendo vítima de um complô midiático? Fala sério!!! Ninguém cai mais nessa história da carochinha. O Senador José Sarney, pela experiência política que detém, tão aclamada por ele próprio, sabe muito bem o que acontece e aconteceu no Senado Federal nos últimos anos. Só se tem notícia agora, porque as informações não conseguem mais ficar guardadas em gabinetes, a imprensa e a internet estão aí para isso.
Então falar agora que todos os outros senadores também têm contra si denúncias de igual gravidade não significa isentá-lo dos seus atos. Aqui não se está querendo destruir o mito criado do "cacique" Sarney, dono do Maranhão, mas sim "limpar a casa", aproveitando as denúncias levantadas pela mídia para que a população tenha conhecimento dos bastidores de nossas Casas Legislativas.
Acho que o Sr. José Sarney está em tamanha evidência pelo cargo que ocupa, mas também pela vida política tão vociferada por ele próprio. Afinal ele faz questão de destacar, não só em suas declarações, mas através do jornal de sua família , que é "líder maior do PMDB, sensato e politicamente ativo, responsável principal pela aliança que garante hoje a estabilidade política do governo Lula e do país, pode-se dizer". Logo, quem leva o bônus tem que arcar com o ônus, sr. Senador. O que não podemos confundir são as denúncias levantadas e confirmadas contra Vossa Excelência e seus parentes, com perseguição da oposição e alguns instrumentos da mídia, aí já é demais!
Ao afirmar ainda que "o mote do discurso é um só: Sarney tem de sair" não significa que só a saída do sr. José Sarney resolverá o problema, mas poderá dar mais isenção para a apuração das denúncias levantadas, buscando exclusivamente, a imparcialidade nas investigações. O que é defendido pelo próprio senador, através da criação do Portal da Transparência, de onde podemos ter conhecimento da quantidade de funcionários estão à sua disposição e os salários vultosos dos mesmos, o que deixa nós, trabalhadores de uma vida inteira, no mínimo, revoltados.
Ouvi semana passada na TV Senado um senador afirmar que hoje qualquer investigação feita por membros do Senado Federal estaria fadada ao fracasso, independente do resultado, considerando que grande é o número de senadores que terão seus atos investigados. Logo, é inconcebível que a investigação se atenha às sindicâncias internas, considerando que, como sempre, não resultam em nada. Pelo menos em nada substancioso ou conclusivo.
Então, dizer que "todas as denúncias de desvio estão sendo rigorosamente apuradas, não só por auditorias internas, mas também pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Nada está fora do alcance na investigação" é afirmar que TUDO será analisado por estes órgãos fiscalizadores, que são os competentes para tanto. Sendo assim, e NÃO HAVENDO INGERÊNCIA nas investigações, entendo ser possível chegarmos a um fim. Ou melhor, a um começo! Mas para isso, é recomendável a saída do Presidente da Casa, não por motivos políticos, mas visando preservar os princípios da isenção e imparcialidade.
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