PARA REFLETIR

terça-feira, 10 de novembro de 2009

EM LANÇAMENTO TARDIO DO LIVRO HONORÁVEIS BANDIDOS O IMPÉRIO DOS SARNEY CONTRA-ATACA. SERIA DEMONSTRAÇÃO DE PODER OU DE DESESPERO?


TENTATIVA DE BOICOTE ORQUESTRADA PELA FAMÍLIA SARNEY EM LANÇAMENTO DO LIVRO "HONORÁVEIS BANDIDOS"






Demorei para tratar do assunto, mas quis depurar tudo e trazer aos meus leitores o que melhor transcrevesse o que ocorreu no dia 04 de novembro de 2009. Pesquisando achei o texto abaixo publicado na coluna do jornalista Luis Nassif, que transcrevo abaixo:



"Os jornalistas abaixo-assinados, Palmerio Dória e Mylton Severiano, denunciam aqui a ação fascistoide de um grupo de jovens, a mando do grupo ligado a José Sarney, em São Luís do Maranhão.



1. Antecedentes. Palmerio, autor do livro “Honoráveis Bandidos”, da Geração Editorial, e Mylton, co-autor, a convite de jornalistas de São Luís, aceitaram lançar o livro na capital maranhense, ontem, dia 4 de novembro de 2009, às 19 horas. Para começar, nenhuma grande livraria local, ou entidade, aceitou promover o evento, além do que nem sequer aceitam o livro em suas prateleiras. Até que, lembrado o Sindicato dos Bancários, suas portas se nos abriram e para ali ficou marcado o lançamento. Na antevéspera, mais um ato que lembra métodos fascistas: a empresa responsável pelos outdoors que anunciavam o evento devolveu o dinheiro aos promotores e mandou “raspar” as peças;

2. O clima à nossa chegada, na terça, véspera do ato, começou a ficar “esquisito”, quando na coletiva à imprensa, numa sala do Sindicato, alguns colegas nos perguntaram se a gente não tinha “medo”. Falou-se em “corte de energia” durante o evento, brincou-se com a possibilidade de cada um levar uma vela, e alguns dos colegas não descartaram até atos de violência. À noite, em programa ao vivo na rádio Capital, vários ouvintes nos alertaram para aquelas possibilidades – “ele são capazes de tudo”, “cuidado”.

3. Ontem, quarta, no fim da manhã, uma colega, Jane Lobo, mais realista, aconselhou – e acatamos – a pedir proteção.

4. Veio a noite. O auditório do Sindicato dos Bancários, na Rua do Sol, estava superlotado, havia muita gente em pé. Um ambiente familiar – gestantes, gente idosa, crianças pequenas e grandes, estudantes. Por ali passaram mil pessoas.

5. Iniciada a sessão pelo coordenador Marcos Nogueira, quando Palmerio passa a falar sobre o conteúdo do livro, eis que do nosso lado direito uma vintena de jovens, na maioria rapazes e umas poucas moças, prorrompem em berros, aos poucos distinguimos “Jackson ladrão, envergonha o Maranhão”, “mentira”, “viva Sarney”. As pessoas mais próximas se levantam e se afastam, abrindo um claro. Os baderneiros abriram suas camisas, pondo à mostra uma camiseta em que se lia Navalhada de Bandidos e atrás de grades Jackson Lago, o governador que a família Sarney derrubou num golpe do judiciário. Dentre os baderneiros, um rapaz, possesso, ergueu uma das pesadas cadeiras e a arremessou na direção do palco onde estávamos. Imediatamente uma chuva de objetos voou sobre a mesa – bolas de papel molhado, ovos e até pedras – junto com xingamentos e outros impropérios.

6. Seguiu-se um quebra-quebra, pancadaria, promovida pelos baderneiros.

7. Passada a estupefação, os presentes mais os seguranças providenciados pelo Sindicato passaram a expulsar os baderneiros do local aos tapas e empurrões. Boa parte do público se retirou, preocupada, “eles vão voltar”.

8. Reiniciado o ato, os presentes cantaram Oração Latina, puxada ao violão pelo cantor e compositor Cesar Teixeira. A platéia e políticos, das mais diversas extrações, se deram as mãos durante o canto.

9. Felizmente nenhuma criança se feriu. Uma pessoa das relações de Jackson Lago foi buscar seu carro na rua de trás do Sindicato, Rua dos Afogados, e testemunha: ali havia cinco viaturas da PM, esperando o quê, não se sabe. E, praticamente no mesmo instante, menos de cinco minutos depois, Décio Sá, jornalista “guerrilheiro” dos Sarney, que se encontrava em Fortaleza, já postava em seu blog notícia em que os baderneiros viraram estudantes que protestavam contra o lançamento do livro e “foram atingidos por cadeiras, pedras, socos e pontapés e revidavam como podiam”.

10. Enquanto os autores retomavam a sessão, um grupo foi à delegacia de polícia mais próxima registrar B.O., Boletim de Ocorrência. Dissemos que os baderneiros vieram a mando do grupo ligado a José Sarney e eles próprios, desastrados, se encarregaram de deixar prova cabal: uma moça, Ana Paula Ribeiro, tida nos meios estudantis como “estudante profissional”, ao sair correndo deixou cair a bolsa, com sua identidade dentro. A moça trabalha simples mente com Roberto Costa, secretário de Esporte e Juventude da governadora Roseana Sarney.

11. Toda a confusão armada pelos baderneiros foi fotografada e filmada por profissionais contratados pelo evento.

12. Mesmo com este ataque fascistoide, Palmerio e Mylton assinaram mais de 500 livros, o que demonstra a sede de informação sobre a família que há meio século governa o Maranhão."


PALAVRA DA VELHA:


Este relato dos autores de Honoráveis Bandidos traduz os exatos fatos ocorridos na fatídica noite do dia 04 de novembro de 2009, que ficará na memória do nosso Estado como o primeiro passo de mais uma longa caminhada dos maranhenses contra a imposição e ameaças que somos vítimas há tantos anos.

Mas a imagem que vai ficar na memória de quem ali esteve presente é esta que mostra a foto ao lado: Após a tentativa de boicote patrocinado pela família $arney, todos os presentes voltaram a seus lugares e unidos cantaram a "Canção Latina", do César Teixeira, que se transformou no Hino da Libertação. O Maranhão está cansado de opressão e começa a mostrar que não tem tanto medo quanto os $arney tentam fazer.

Acredito que o evento do dia 04 último só concretiza a coragem do povo maranhense em não permitir que o poder se perpetue nas mãos da família que já nos causou tanto mal.

FIQUE DE OLHO!!!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ESCÂNDALOS DA POLÍTICA NÃO PODEM CAIR NO ESQUECIMENTO. É NOSSO PAPEL DISSEMINAR E VENCER O PODER

CRISE DO SENADO CONTINUA NAS RUAS, DIZ GRAFITEIRO
“RECICLE O SENADO”


“Se eu pudesse, reciclava os políticos”. “Meu trabalho é honesto e o seu?”. O grafiteiro Mundano inscreveu frases como essas em muros e carroças de catadores da cidade de São Paulo quando, no primeiro semestre deste ano, uma crise política envolveu a Casa em denúncias de corrupção e nepotismo e ganhou espaço na imprensa. “[José] Sarney [PMDB-AP] continua presidente do Senado, e a crise parou de sair na mídia. Até eu fiz muito mais protesto na época, mas está lá, continua nas ruas”, afirmou.

Para o grafiteiro, através do incômodo que desperta, o grafite tem como objetivo incentivar as pessoas a agir, atingindo o maior número e a maior diversidade possível em vias de grande movimentação e visibilidade. “O morador de rua não sabe da crise do Senado. Não viu no jornal. Mesmo que seja analfabeto, o desenho do grafite vai passar uma mensagem de protesto”, disse.

Marcondes Luz, que se define como "brasileiro, da favela de Paraisópolis e analfabeto", também se disse revoltado com a crise que envolveu os senadores e, apesar de saber da ilegalidade da ação, decidiu pichar. Em um muro da avenida Morumbi, pediu para que sua filha de sete anos escrevesse: “Senado, a vergonha do Brasil”. “Eu falei: ‘filha, o que o pai vai fazer é até errado, por causa da pichação, mas é uma forma de falar que eu não estou contente’.”

Luz, que deixou no muro também seu e-mail, recebeu críticas e elogios à manifestação e conta que seu objetivo era o de “incentivar outras pessoas a formarem opinião, e as que não estejam contentes com a política procurarem outras formas de protestar.”

Enquanto a pichação usa apenas letras estilizadas e é considerado ilegal, o grafite também usa imagens e cores e não consta na atual legislação. Um Projeto de Lei diferencia as duas formas de expressão, caracterizando o grafite como arte e mantendo a ilegalidade da pichação.O projeto, que aguarda votação no Senado, levanta críticas por parte de pichadores e analistas.

REDE

A rede social Twitter se tornou palco do movimento “Fora, Sarney!”, que pedia a renúncia do presidente do Senado na época da crise. Manifestações em ruas de 16 cidades brasileiras foram organizadas por meio do grupo. Da mesma forma, segundo Mundano, a internet facilita o contato com pichadores e grafiteiros para promover pinturas e pode aprofundar o debate político. “Na rua é limitado, tem que ser rápido”, disse. O grafiteiro observa, porém, que esse meio não deve acabar com pichações e grafites.

Luz cita que a reforma eleitoral que entra vigor em 2010 deve estimular o debate social na internet. “Como agora os políticos vão poder usar a internet para fazer propaganda à vontade, nós também temos que tomar essa ferramenta, não para falar mal dos políticos, mas da política, da forma que a administração pública é feita”, afirmou.



PALAVRA DA VELHA:


É isso aí meu povo! Cada um de nós deve mostrar sua indignação da forma que lhe for possível. Se não podemos levar multidões às ruas, pois hoje vivemos uma realidade diferente da época das "Diretas Já", já que temos outros meios para expressar nosso pensamento, por que não fazê-lo.

Vamos agir no velho e bom “boca-a-boca”, na internet, nas conversas informais, ou qualquer outra forma de disseminar informações. Pois o que nós precisamos é passar informação aos que não têm acesso. Não esqueçam: INFORMAÇÃO É PODER!

Sigamos vários exemplos que vemos diariamente, e usemos o exemplo do grafiteiro citado no texto como incentivo para nossas ações em fazer a diferença. Todos são capazes de fazer alguma coisa que ajude a melhorar a realidade do povo.

Os políticos têm o poder e o dinheiro, nós temos nossa voz que não pode ser calada! Sigamos na luta e não desistamos no caminho.

FIQUE DE OLHO!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

LÉVI-STRAUSS DEFINIU A FAMÍLIA SARNEY COMO DINASTIA. VOCÊ CONSEGUE ENTENDER ISSO HOJE?


Pesquisando e passeando pela internet achei esse texto publicado em 16 de março de 2002, isso mesmo 2002. O texto fala sobre o antrópologo
Claude Lévi-Strauss, falecido no último dia 03 de novembro, que era
aquele que observava e evitava julgar, seja a sua sociedade, ou as outras.

Assim, se tornou crítico daqueles que procuravam nas sociedades que julgavam “primitivas”, apenas seu caráter exótico, ou classificavam suas manifestações como “atrasadas”, fazendo das populações estudadas “um reflexo de nossa própria sociedade”.

E nessas críticas assim se manifestou a respeito do nosso "célebre" coronel:


Para Lévi-Strauss, os Sarney são "dinastia"

16/03/2002 - 07h45
ALCINO LEITE NETO
da Folha de S.Paulo, em Paris


O antropólogo Claude Lévi-Strauss foi a presença mais ilustre no lançamento em Paris do romance "Saraminda", do senador José Sarney (PMDB-AP). A maioria dos convidados, porém, não cruzou com ele, que teve com Sarney um encontro praticamente privado e partiu antes da cerimônia de lançamento. "Minha idade não permite", justificou. Ele tem 91 anos. Na conversa com o senador, o antropólogo se referiu à presença dos Sarney na política brasileira como uma "dinastia".


O diálogo entre eles foi repleto de cordialidades. Sarney disse que estava honrado com a presença de Lévi-Strauss. O antropólogo retribuiu, dizendo ter "grande admiração" por Sarney, "e não apenas pelo escritor".

Lévi-Strauss perguntou quanto tempo Sarney ficaria em Paris. "Três dias, porque politicamente tenho de voltar", disse o senador. O autor de "Tristes Trópicos" observou: "Sei disso, li nos jornais, é toda uma dinastia Sarney no seu país", referindo-se à candidatura de Roseana Sarney, divulgada na imprensa francesa. "A política só tem uma porta: a de entrada. Se eu tivesse descoberto uma saída, já teria escapado", disse Sarney.

O lançamento de "Saraminda" ocorreu na Casa da América Latina. O senador também autografou o livro, lançado pelas Editions de La Table Ronde, um braço da Gallimard. Compareceram autoridades brasileiras em Paris, como o embaixador Marcos de Azambuja, e acadêmicos franceses, como Maurice Druon. Sarney não quis falar sobre a crise política no Brasil.


E é isso meus amigos. O sábio antrópologo soube como ninguém definir o cidadão José Sarney, agora nos resta entender esse entendimento.

FIQUE DE OLHO!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

ANTES TARDE DO QUE NUNCA - "HONORÁVEIS BANDIDOS" CHEGA HOJE AO MARANHÃO! VOCÊ VAI PRESTIGIAR E MOSTRAR SUA INDIGNAÇÃO?

Do blog do Marcelo Tas

Depois de um bloqueio imposto pela rede de livrarias do estado - até onde vai a censura do Sarney, meus deuses! - vai ser lançado hoje em São Luis do Maranhão o livro "Honoráveis Bandidos", do jornalista Palmério Dória, que traz a saga completa dos Sarney já presente na lista dos mais vendidos no Brasil.

O local escolhido não poderia ser mais simbólico: se as livrarias também estão dominadas, o livro ficará à disposição dos maranhenses a partir do Sindicato dos Jornalistas daquele estado, que resiste bravamente à ditadura imposta pela familia bigoduda! Ao lado, detalhes do lançamento. Mais informações no Jornal Pequeno.

O lançamento conta com o apoio integral deste blog. Se você também o apóia, espalhe a notícia. Vai abaixo também outro modelo de banner que pode ser utilizado na empreitada democrática.

Uma ressalva: o lançamento será no Sindicato dos Bancários!

Então é isso maranhense, agora é com a gente! Todos os indignados e saturados de tantos anos de opressão e descaso, dirijam-se ao evento hoje. Vamos mostrar nossas caras e tentar começar a mudar nossa realidade. Chega de viver à margem da sociedade brasileira.

FIQUE DE OLHO!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

$ARNEY E A QUADRILHA: UM BREVE HISTÓRICO DOS FATOS! VOCÊ VAI DEIXAR ISSO BARATO?


ATOS SECRETOS CONTRA SARNEY E A QUADRILHA



Depois de assistir ao vídeo fica a pergunta: O que podemos fazer para melhorar o comando do país? Por que ainda permitimos que estas pessoas estejam nos mais altos cargos públicos?

Não tenho resposta pronta para dar, mas o vídeo serve para começarmos a exercitar nosso cérebro e tentar entender que o povo tem o governante que merece. Aí vocês me perguntam: Então nós merecemos esses corruptos nos representando? A resposta é SIM, nós merecemos. Afinal, nós os elegemos.

Se você não está satisfeito com o que vemos diariamente em nossas vidas, faça a sua parte e pratique aquela frase famosa: "FAÇA A DIFERENÇA".

2010 está batendo à porta e a mudança só depende de nós. Então, arregacemos as mangas e vamos à luta por um país melhor. É o mínimo que podemos fazer para nós e nossos filhos.

Chega de atos secretos, de apadrinhados em comando de estatais, de impunidade. Enfim, chega de todos os desmandos que vemos ocorrer agora com maior frequência.

Se os órgãos fiscalizadores nada fazem para impedir o Presidente da República faça campanha aberta à sua candidata um ano antes das eleições e com uso irrestrito de dinheiro público, então façamos nós: Vamos mudar isso nas urnas.

FIQUE DE OLHO!!!